O prefeito Eduardo Paes apresentou, nesta quinta-feira (2), o projeto Aquaviário Lagunar de Jacarepaguá, um sistema de transporte público por barcos que deverá interligar as lagoas da Tijuca, Jacarepaguá, Marapendi e Camorim, na Zona Oeste do Rio. A iniciativa prevê a criação de cinco estações iniciais: Jardim Oceânico (com integração ao metrô), Península, Parque Olímpico, Rio 2 e Recreio dos Bandeirantes.
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Segundo a prefeitura, as linhas aquaviárias serão traçadas ao longo das principais vias que margeiam as lagoas, facilitando a conexão entre polos residenciais, comerciais e modais de transporte já existentes, como BRT, metrô e ônibus. O sistema será integrado ao Bilhete Único Carioca e ao sistema de bilhetagem municipal Jaé, com tarifa inicial de R$ 4,70.
O projeto tem como objetivo aliviar o tráfego em corredores estratégicos, como as avenidas das Américas e Ayrton Senna. A estimativa é transportar até 85 mil passageiros por dia.
O contrato de concessão foi assinado em 17 de setembro. O consórcio vencedor terá 30 dias para apresentar o cronograma detalhado das obras e da operação. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 100 milhões em 25 anos, destinado à construção de estações e terminais.
O início da operação está previsto para outubro de 2026, após a conclusão do processo de licenciamento ambiental.
A frota será composta por embarcações com capacidade entre 42 e 120 passageiros, todas equipadas com cabine fechada, assentos estofados, sistemas de navegação e segurança, sinalização noturna, acessibilidade e saídas de emergência. Apenas barcos com até cinco anos de fabricação serão utilizados, visando maior eficiência e conforto.
O projeto está associado a ações de despoluição e desassoreamento das lagoas, além de manutenção contínua do complexo lagunar. A concessionária Iguá Saneamento ficará responsável pelas intervenções, que deverão ser concluídas até agosto de 2026.
Além de atender à mobilidade cotidiana, o Aquaviário Lagunar também tem potencial de se tornar uma nova opção turística, aproveitando o cenário natural das lagoas. A prefeitura avalia que o sistema contribuirá para o desenvolvimento econômico e para a valorização da Barra da Tijuca e arredores, reforçando a região como polo de lazer e negócios.