A Polícia Civil do Rio de Janeiro solicitou à Justiça, nesta quinta-feira (11), a prisão do médico José Emílio de Brito, responsável pelo procedimento estético no qual morreu a técnica de segurança do trabalho Marilha Menezes Antunes, de 28 anos. A vítima sofreu hemorragia interna após ter um rim perfurado durante uma lipoaspiração e enxerto de glúteos.
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Segundo o Tribunal de Justiça, o pedido de prisão temporária foi encaminhado ao Ministério Público, que deverá se manifestar antes da decisão judicial.
José Emílio de Brito responde a 14 ações judiciais, todas relacionadas a procedimentos estéticos. Ele já foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). A pena foi convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de indenização.
A clínica Amacor, na Zona Oeste do Rio, onde Marilha foi submetida à cirurgia, teve o centro cirúrgico, o ambulatório e a farmácia interditados. Durante a ação, duas funcionárias foram presas após agentes encontrarem medicamentos com prazo de validade vencido.
Paralelamente à investigação policial, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu um processo para apurar a conduta do médico e as circunstâncias da morte.
De acordo com familiares, o procedimento ocorreu na última segunda-feira (8) e teria custado cerca de R$ 5 mil, valor oferecido como presente de aniversário — comemorado em 1º de setembro.
A família acusa a clínica de negligência, afirmando que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) só foi acionado após o agravamento do quadro.
Marilha chegou ao local acompanhada da irmã, Lea Carolina Menezes Antunes, pouco antes do meio-dia. Oito horas depois, equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do Samu foram chamadas e constataram o óbito.
O espaço permanece aberto para manifestação da defesa de José Emílio de Brito.