Do total de 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, apenas cinco não recebem royalties ou participação especialdo petróleo: Três Rios, Paraíba do Sul, São José do Vale do Rio Preto, Areal e Sapucaiagazetadopovo.com.br. Isso significa que 87 municípios fluminenses são contemplados com algum repasse da exploração de petróleo e gás natural, seja como produtores, limítrofes ou afetados por oleodutos e gasodutosgazetadopovo.com.br.
Ranking dos maiores repasses em janeiro de 2025
Dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para o primeiro mês de 2025 mostram um retrato de como esses recursos são distribuídos. Ao todo, o estado recebeu pouco mais de R$ 1 bilhão em royalties, e grande parte ficou concentrada em poucos municípiosdiariodorio.com.
- 1º Maricá: R$ 224,7 milhõesdiariodorio.com – O maior repasse do mês; a cidade beneficiou-se da produção do pré‑sal e segue como principal recebedora de royalties no país.
- 2º Saquarema: R$ 173,9 milhõesdiariodorio.com – O município cresceu com os campos da Bacia de Santos e encostou em Maricá na segunda colocação.
- 3º Macaé: R$ 120,7 milhõesdiariodorio.com – Centro logístico da Bacia de Campos, continua entre os líderes apesar da queda da produção no Norte Fluminense.
- 4º Niterói: R$ 82,1 milhõesdiariodorio.com – Ganhou destaque por ser confrontante ao campo de Lula (Tupi) e receber parcela significativa.
- 5º Rio de Janeiro: R$ 26,2 milhõesdiariodorio.com – A capital fluminense figura no ranking graças às instalações de embarque e desembarque.
No extremo oposto, seis municípios dividiram a menor fatia do bolo, cada um recebendo cerca de R$ 1,7 milhão: Varre-Sai, São José de Ubá, São Sebastião do Alto, Laje do Muriaé, Macuco e Comendador Levy Gaspariandiariodorio.com. Essas cidades estão longe das áreas de produção e recebem apenas a parcela de compensação prevista para municípios afetados por infraestrutura.
Concentração de receitas
A concentração nas cinco primeiras colocações evidencia a desigualdade na distribuição dos royalties. Enquanto Maricá e Saquarema, ambas na Região Metropolitana, somaram quase R$ 400 milhões em janeiro, dezenas de municípios receberam valores abaixo de R$ 10 milhões. A disparidade reflete critérios legais: municípios confrontantes aos campos produtores ou com instalações de apoio recebem as maiores fatias, enquanto limítrofes ou cortados por dutos recebem percentuais modestos.
Os números variam mês a mês conforme produção, câmbio e preço do petróleo. Contudo, o ranking costuma manter os mesmos líderes. A tendência é de que Maricá continue na frente em 2025, impulsionada pelas plataformas do pré‑sal, seguida por Saquarema e Macaé. O panorama reforça a dependência de algumas cidades fluminenses em relação às rendas petrolíferas e a necessidade de planejamento para lidar com a oscilação dessas receitas.