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Rio: Influenciadora é presa por maus-tratos e golpes em vendas online

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A influenciadora Gabriele Santos Silva foi presa em flagrante nesta quinta-feira (10) durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em parceria com o Procon-RJ, que apura crimes contra o consumidor relacionados à venda fraudulenta de tênis por meio de um site de e-commerce. A prisão ocorreu em Vila Velha, no Espírito Santo, onde ela residia, mas a empresa utilizava endereços no estado do Rio de Janeiro — em Nova Friburgo e São Fidélis — como base de operação.

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Durante o cumprimento de um dos nove mandados de busca e apreensão, os agentes encontraram o filho da influenciadora, de 10 anos, sozinho em casa, em um ambiente considerado insalubre, com fezes de animais e restos de comida espalhados. Gabriele foi detida ao chegar em casa após uma saída noturna e irá responder também por maus-tratos ao menor.

De acordo com as investigações, Gabriele e seu irmão, Douglas Santos Silva, são sócios da empresa “Equipe Tênis”, suspeita de comercializar produtos falsificados ou usados, além de deixar de realizar a entrega aos consumidores. A empresa acumula mais de 700 reclamações em plataformas como o Procon-RJ, e cerca de 100 vítimas foram identificadas apenas no estado do Rio.

Os produtos eram oferecidos com preços muito abaixo do mercado, sem emissão de nota fiscal. Em um dos casos, um jornalista relatou o golpe e contribuiu para o avanço das investigações. Na residência da influenciadora, foram apreendidos mais de 15 cartões de crédito, 10 celulares, três notebooks e diversos relógios.

Segundo o coordenador de Delegacias Especializadas da Polícia Civil, delegado André Neves, a apuração está sendo desmembrada para identificar as fábricas responsáveis pelos produtos falsificados, que podem incluir itens fabricados clandestinamente no Brasil e também importados de forma ilegal.

Gabriele responderá pelos crimes de maus-tratos, estelionato e infração contra o Código de Defesa do Consumidor. Douglas, que ainda não foi preso, deve se apresentar à Justiça em até 24 horas. Ambos serão monitorados por tornozeleira eletrônica durante o processo.

A Justiça determinou ainda o bloqueio de bens, congelamento de contas bancárias, e a derrubada dos sites e domínios vinculados aos investigados.

O delegado titular da Delegacia do Consumidor, Wellington Vieira, orienta que vítimas da empresa procurem a unidade policial com documentos que comprovem a transação comercial, a fim de formalizar denúncias e solicitar o ressarcimento dos prejuízos.

“É muito importante que as pessoas compareçam na Delegacia do Consumidor para fazer essa solicitação, se apresentem como vítimas, trazendo os documentos que comprovem a transação comercial. Assim, eles entram no inquérito e podem, futuramente, fazer seus pedidos de ressarcimento.” explica o delegado.


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