A Terceira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acolheu, nesta quinta-feira, um recurso do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e tornou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, réu por estelionato. A decisão foi tomada um dia após o clube conquistar o título do Campeonato Brasileiro.
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O processo retoma uma investigação já em andamento na Justiça do DF. Em julho, o juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal, havia aceitado denúncia do MP e tornado réus o jogador e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, pelo crime de fraude em competição esportiva. O caso envolve a partida entre Flamengo e Santos, pela 31ª rodada do Brasileirão de 2023, realizada em Brasília.
Segundo a Promotoria, Bruno Henrique teria compartilhado previamente a informação de que receberia um cartão amarelo durante o jogo, permitindo que o irmão realizasse apostas esportivas com vantagem. A investigação aponta que o atleta teria atuado de forma intencional para ser advertido, visando obter retorno financeiro.
A decisão de julho destacou que havia indícios de que o jogador teria buscado ser punido deliberadamente, enquanto Wander teria contribuído ao incentivar a ação.
A Lei Geral do Esporte prevê pena de dois a seis anos de prisão, além de multa, para quem fraudar ou contribuir para a fraude em competições ou eventos associados. Com isso, Bruno Henrique e seu irmão passam a responder formalmente às acusações.
O advogado do atleta, Felipe Carvalho, criticou a decisão e classificou o julgamento como equivocado. Ele afirmou que recorrerá aos órgãos competentes para reverter a acusação, reiterando confiança no Judiciário.