A Câmara Municipal do Rio discute a criação de um novo feriado religioso na cidade, mas a proposta tem gerado divergências entre os vereadores. Em tramitação está o projeto que prevê a instituição de Corpus Christi como feriado municipal.
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De acordo com a legislação federal, os municípios podem ter até quatro feriados locais, sendo a Sexta-Feira Santa obrigatória. No Rio, já são feriados o Dia de São Sebastião (20 de janeiro), padroeiro da cidade, e o Dia de São Jorge (23 de abril). Assim, resta apenas uma data disponível, que poderia ser destinada ao Corpus Christi.
Nos bastidores, no entanto, também se cogita a possibilidade de uma proposta para instituir o Dia do Evangélico como quarto feriado municipal, celebrado em 31 de outubro no Rio. Em outras cidades, a data varia: em Brasília, por exemplo, o feriado ocorre em 30 de novembro.
O tema vem sendo debatido em plenário há algumas semanas, mas a sessão que trataria novamente do assunto caiu nesta terça-feira (16).
O prefeito Eduardo Paes (PSD) já se posicionou contra a criação de novos feriados na cidade, argumentando que qualquer alteração pode gerar custos adicionais ao setor produtivo. Segundo aliados, o prefeito também busca evitar desgaste político, principalmente em segmentos religiosos, diante da possibilidade de deixar o cargo em 2026 para disputar o governo do estado.
Mesmo com rumores sobre a inclusão do Dia do Evangélico, integrantes da bancada evangélica negam oficialmente essa articulação. O vereador Inaldo Silva (Republicanos), bispo da Igreja Universal, destacou que não há maioria para aprovar essa proposta e reforçou que o debate atual se concentra em Corpus Christi.
Já o líder do governo na Câmara, Márcio Ribeiro (PSD), defendeu cautela na discussão. Segundo ele, não haveria mudanças práticas caso Corpus Christi fosse incluído no calendário, já que tradicionalmente a data é decretada como ponto facultativo pelo Executivo.
A iniciativa de transformar a data em feriado partiu dos vereadores Rogério Amorim (PL), Vera Lins (Progressistas) e Márcio Santos (PV), este último atualmente licenciado para ocupar o cargo de secretário de Economia Solidária. Amorim, da oposição ao governo, afirmou ter apresentado o projeto por ser católico praticante e defendeu a importância da data para a comunidade religiosa.