Moradores e frequentadores da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, denunciaram nesta semana o corte de árvores do manguezal que margeia a região. Imagens feitas por pessoas que passaram pelo local mostram diversas espécies derrubadas, levantando preocupações sobre possíveis impactos ambientais. Ambientalistas afirmam que a intervenção pode ser irregular e trazer consequências significativas para o ecossistema.
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O biólogo Mário Moscateli alertou para a vulnerabilidade da área e destacou a importância do manguezal para a lagoa. Segundo ele, os manguezais são ecossistemas sensíveis e essenciais para o aumento da biodiversidade em ambientes lagunares. Moscateli lembrou que a Lagoa Rodrigo de Freitas, antes considerada irrecuperável, hoje desempenha papel relevante no ecoturismo da cidade.
Ele reforçou que esse tipo de ambiente exige manejo específico devido à sua fragilidade. O manguezal atua como barreira natural contra a erosão, contribui para a filtragem da água e serve de abrigo para diversas espécies, sendo fundamental para o equilíbrio ambiental da lagoa. A remoção das árvores, apontam especialistas, pode afetar a qualidade da água e prejudicar a fauna local.
“Estamos lidando com ecossistemas extremamente vulneráveis (…) diretamente responsáveis pelo incremento da biodiversidade em um ecossistema lagunar, aqui a Lagoa Rodrigo de Freitas, que até anos atrás era considerado irrecuperável e hoje é um importante centro de ecoturismo da cidade do Rio de Janeiro”, explicou.
Em nota, a Comlurb informou que as árvores cortadas estavam impedindo a passagem de pedestres e ciclistas. Segundo a companhia, o trabalho foi realizado de forma legal, com planejamento voltado para a segurança da população e para o funcionamento da mobilidade urbana.