A Justiça do Rio de Janeiro analisa o pedido de transferência de dez presos ligados ao Comando Vermelho (CV), suspeitos de ordenar a instalação de barricadas em ruas da cidade na última terça-feira, em resposta a uma operação policial de grande porte. Os detentos permanecem atualmente em um presídio do Complexo do Gericinó, na Zona Oeste do Rio, e entre eles estão considerados chefes do segundo escalão da facção.
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O governo federal disponibilizou, nesta quarta-feira, dez vagas em penitenciárias federais, atendendo a um pedido do governo estadual. No entanto, a transferência deve ocorrer nos próximos dias, devido a trâmites burocráticos, incluindo a autorização da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, responsável pelos processos de cumprimento de pena dos detentos.
O pedido de transferência foi feito pelo governador Cláudio Castro após a megaoperação realizada pelas Polícias Civil e Militar nos Complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte, áreas controladas pelo CV. De acordo com o governo, os chefes da facção teriam coordenado ações nas ruas a partir dos presídios, incluindo sequestro de ônibus e bloqueio de vias expressas. Durante a operação, 113 pessoas foram presas, e foram apreendidos 91 fuzis e 26 pistolas. Ao todo, 121 pessoas morreram no confronto.
Como parte das ações, criminosos bloquearam ruas e avenidas do Rio, afetando o transporte público. Foram sequestrados 102 ônibus de 204 linhas, o que gerou engarrafamentos e aglomerações nos pontos de ônibus, além da superlotação em trens e no metrô.
Entre os dez detentos indicados para transferência está Marco Antonio Pereira Firmino, conhecido como My Thor, apontado como um dos principais líderes do CV. Ele cumpre sua terceira detenção em cerca de 20 anos.
Enquanto a transferência não é concluída, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) realocou o grupo, que estava em Bangu 1, para o presídio Bangu 3, também no Complexo do Gericinó. uma nota da Secretaria de Administração Penitenciária sobre o processo de transferência dos dez detentos.
“A Seap esclarece que os presos estão em isolamento até que os processos para a transferência solicitados pelo governador Cláudio Castro estejam concluídos. Os pedidos estão sendo avaliados pelos respectivos juízes dos processos, que também serão apreciados pelos promotores.”
 
					 
 
 
 
 
 
 
 
 
