MPRJ realiza operação contra 17 policiais militares suspeitos de envolvimento com a milícia
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou nesta quinta-feira (26) uma operação para cumprir 37 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a 17 policiais militares suspeitos de envolvimento com a milícia.
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Entre os investigados está o coronel Marcelo Moreira Malheiros, ex-comandante do 5º Comando de Policiamento de Área, que atua na região Sul Fluminense e Costa Verde. A operação faz parte da segunda fase da “Operação Naufrágio”, que tem como objetivo desarticular um esquema criminoso com ramificações dentro da Polícia Militar.
Segundo o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os policiais investigados teriam ligações com um grupo criminoso que controla atividades ilícitas na Comunidade Bateau Mouche, localizada na Praça Seca, em Jacarepaguá. Durante a ação desta quinta, um subtenente foi preso em flagrante com duas pistolas de numeração raspada e munição, o que reforça as acusações de comércio ilegal de armas de fogo e corrupção passiva.
As investigações apontam ainda que o grupo estaria envolvido em crimes de extorsão, além de atuar no fornecimento ilegal de armamento para a milícia. Os mandados estão sendo cumpridos em diversos pontos, incluindo batalhões onde os policiais investigados estão atualmente lotados, como o Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom), o 41º BPM (Colégio), o 9º BPM (Honório Gurgel) e o BPChoque (Centro).
A atuação do coronel Marcelo Malheiros já havia sido questionada anteriormente, quando, em abril deste ano, ele foi suspenso de assumir o comando do 5º CPA, após ser citado na primeira fase da “Operação Naufrágio”. Na ocasião, a operação levou à prisão de Cláudio Rodrigo, conhecido como “Ceta”, apontado como líder de uma milícia na região.
A ação de hoje contou com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil, reforçando o compromisso das forças de segurança com a investigação de crimes internos que comprometem a integridade da corporação. As autoridades esperam que, com a operação, seja possível desarticular parte significativa do esquema criminoso na zona oeste do Rio.