O dançarino Gugu Hawaiano, integrante do grupo de funk Os Hawaianos, foi conduzido à delegacia durante uma operação realizada nesta sexta-feira (19) por agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio. Segundo a Polícia Civil, ele prestou depoimento e foi liberado em seguida.
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Nas redes sociais, amigos e familiares afirmaram que o artista teria sido agredido pelos agentes. Um vídeo mostra Gugu algemado, com o rosto ensanguentado, sendo conduzido por policiais em uma viela da comunidade. A gravação também registra a reação da esposa do dançarino, que aparece chorando no momento da abordagem.
Amigos se manifestaram contra a ação policial. O coreógrafo Jonas Emanuel, integrante do mesmo grupo, declarou que Gugu é artista e empresário, dono de uma uisqueria na comunidade, e criticou a condução dele.
O grupo Os Hawaianos surgiu na Cidade de Deus e alcançou notoriedade nos anos 2000, especialmente em apresentações ligadas à produtora Furacão 2000. Após um período de inatividade, voltou em 2022, emplacando o sucesso “Desenrola, bate, joga de ladin”.
Operação
A ação da Core tinha como objetivo capturar suspeitos de envolvimento no homicídio do agente José Antônio Lourenço, morto em maio durante operação policial na região. Durante a operação, um homem foi preso e outro suspeito morreu após confronto com os agentes.
Segundo a corporação, o homem morto foi identificado como Mateus Inácio da Silva, conhecido como “MT”, que possuía 17 anotações criminais, incluindo tráfico de drogas, roubo e homicídio. Ele estava foragido desde dezembro de 2022.
Helicópteros foram utilizados na operação, e moradores relataram tiroteios. A Rua Edgard Werneck, uma das principais vias da região, chegou a ser interditada por cerca de uma hora. Durante a ação, os agentes apreenderam um fuzil, armas, explosivos e grande quantidade de drogas.