A Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou um projeto urbanístico que prevê a substituição do Elevado Trinta e Um de Março por um conjunto de intervenções voltadas à revitalização do entorno do Sambódromo. A proposta inclui a construção de um mergulhão, a criação de uma biblioteca pública, a implantação de novas áreas verdes e a reorganização das estruturas destinadas às escolas de samba.
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O plano, denominado Praça Onze Maravilha, será detalhado pelo prefeito Eduardo Paes durante as celebrações do Dia Nacional da Consciência Negra. Segundo a prefeitura, a retirada do elevado tem como objetivo ampliar a integração urbana, melhorar a circulação de pedestres e criar novos espaços de convivência.
Com a demolição da via elevada, o projeto prevê implantar um mergulhão com extensão entre a Rua Frei Caneca e a Avenida Presidente Vargas, como forma de mitigar os impactos no trânsito. As áreas liberadas ao longo da Passarela do Samba deverão receber novos empreendimentos imobiliários.
O investimento estimado para todas as intervenções é de R$ 1,75 bilhão, previsto para ser captado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O modelo segue parâmetros semelhantes aos adotados na revitalização da Região Portuária, na última década. A iniciativa também inclui ajustes no planejamento do Parque do Porto, que deve contar com apenas uma ilha artificial, próxima ao Museu do Amanhã, em substituição ao projeto inicial divulgado em 2024.
Na próxima segunda-feira, a Prefeitura enviará à Câmara Municipal o projeto de lei que cria a Área de Especial Interesse Urbanístico (AEIU) da Praça Onze, estabelecendo novas regras de uso e ocupação do solo para bairros como Estácio, Centro, Cidade Nova e Cruz Vermelha. O objetivo é estimular investimentos imobiliários e ampliar a oferta habitacional na região.
A administração municipal afirma que as obras serão realizadas sem aporte de recursos públicos diretos. Os terrenos que surgirem após a retirada do elevado serão destinados à iniciativa privada como contrapartida, permitindo a implantação de novos empreendimentos comerciais e residenciais. A expectativa é que o projeto possibilite a criação de cerca de 25 mil novas moradias no entorno do Sambódromo.