Sistema de fornecimento Imunana-Laranjal foi contaminado com tolueno Cedae
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RJ: Moradores da região metropolitana ainda sofrem por falta de água após prazo de normalização

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Após o prazo de três dias estipulado para a normalização do abastecimento de água na Região Metropolitana, moradores ainda enfrentam problemas de escassez em algumas localidades. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) anunciou que a capacidade plena de abastecimento foi retomada na manhã do último sábado. No entanto, relatos indicam que em diversas residências a água ainda não chegou às torneiras.

O transtorno teve início na última quarta-feira, quando a Cedae detectou um vazamento de tolueno na água captada. Em resposta, a empresa suspendeu o fornecimento em áreas que abrangem Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, na Região Metropolitana, e Ilha de Paquetá, na capital. Mais de dois milhões de pessoas foram impactadas pela medida.

Embora o prazo inicial estipulado para a normalização tenha sido de 72 horas, a Águas dos Rio explicou que essa previsão pode se estender devido a possíveis vazamentos ou outras ocorrências pontuais, especialmente considerando que as tubulações podem permanecer sem água por um período prolongado. Além disso, a situação pode ser mais crítica em áreas mais elevadas, conhecidas como “final de rede”, tanto nas regiões sob concessão da Águas do Rio quanto da Águas de Niterói.

A concessionária também afirmou que, atualmente, ainda existem áreas específicas, principalmente em locais de altitude e nas extremidades da rede, que continuam sendo afetadas. Equipes operacionais estão em alerta e mobilizadas para resolver cada ocorrência e restabelecer o fornecimento conforme necessário.

Investigação em andamento

Paralelamente aos esforços para normalizar o abastecimento, autoridades estão investigando as causas da contaminação do Rio Guapiaçu com tolueno. Até o momento, 15 responsáveis técnicos de empresas próximas ao rio, incluindo companhias do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), foram intimados a prestar depoimento no inquérito.

A Polícia Civil e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) conduziram uma operação para coletar amostras e documentos em empresas que utilizam tolueno ou possuem autorização para manipular o produto químico. As evidências estão sob análise. Enquanto isso, as autoridades continuam em busca de identificar o ponto exato do vazamento e os responsáveis pela contaminação.


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