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São Gonçalo: Polícia investiga babá por agressão a bebê

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Uma babá está sendo investigada pela Polícia Civil de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, após ser denunciada por agressão a um bebê de 10 meses e maus-tratos a uma criança de 1 ano e 4 meses.

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O caso foi registrado na 73ª DP (Neves) e veio à tona após os pais das crianças descobrirem áudios enviados pela suspeita para sua namorada, nos quais ela admitia ter agredido o bebê.

Segundo a denúncia, a agressão ao bebê de 10 meses teria ocorrido na terça-feira (10), depois que a criança vomitou no chão da casa da babá, no bairro Porto Novo. Em um dos áudios vazados, a mulher teria dito: “Dei um soco de verdade nas costas dele” e se referiu ao bebê de forma ofensiva, chamando-o de “filhote do demônio” ao relatar o incidente. “A casa toda arrumada e esse ‘filhote do demônio’ vomitou tudo”, teria comentado.

Os pais do bebê e a mãe da outra criança, que também frequentava a casa da babá, procuraram a polícia na última sexta-feira (13) para registrar um boletim de ocorrência, após tomarem conhecimento dos áudios. As crianças passavam o dia sob os cuidados da suspeita, juntamente com outras crianças, enquanto os pais trabalhavam.

“A casa toda arrumada, e esse filhote do demônio vomitou tudo. E olha que ele está sem comer desde meio-dia”.

O caso segue sob investigação, e a polícia busca reunir mais evidências sobre as agressões. A babá poderá responder por maus-tratos e lesão corporal, dependendo da conclusão das apurações.

Segundo a família, na terça-feira, a criança saiu da casa da suspeita com marcas nas costas, mas a babá teria dito que foi durante uma brincadeira com outros menores.

“Eu perguntei para ela o que tinha acontecido. Aí, ela disse que ele havia se machucado brincando com outras crianças. Achamos normal, porque criança junto acaba se machucando”, conta a manicure Carolayne Muniz Taveira, de 27 anos.

No outro áudio que vazou, a suspeita admite que deixou as costas do bebê com marcas.

“Olha, sei lá. Despertou um ódio, mas um ódio, que se eu não tiro ele de perto de mim, eu mato ele, mato, mato ele, que eu dei um soco de verdade pelas costas dele, que chegou ficar a marca do soco. Ainda bem que estava de blusa, senão ia ficar roxo, e tranquei ele lá”

De acordo com os pais, a criança estava sob os cuidados da mulher há 8 dias. A família pagava R$ 300 por mês. A mulher é conhecida no bairro e cuidava de outras crianças na casa.

Segundo a mulher, as agressões foram descobertas após a babá enviar áudios para a namorada confessando que deu socos, sacudiu o bebê pelo cabelo e deixou ele sem comer.

“Olha, mas eu puxei tanto aquele cabelo dele, mas sacudi tanto ele, que agora se ele vomitar é culpa minha. Porra, que ódio! Tive que passar uns, sei lá, vários panos, porque ainda tive que levantar um pouco o sofá, porque eu fiquei com medo de dar formiga. Minha perna toda suja, tudo sujo”, diz a mensagem.

Após receberem a conversa, os pais foram até a casa da mulher, pegaram o filho, e levaram para o hospital. Lá, segundo a família, os médicos constataram os sinais de agressões.

“Depois das agressões, o meu filho ficou com muito medo. Quando a gente ia levar ele, só de chegar no portão, ele já começava a chorar, agarrava a minha esposa e não queria ir com ela. Outras crianças também ficavam nervosas, mas a gente nunca entendia”, relata Alexandre de Oliveira de Assis, de 28.

Após as denúncias vazarem, a mulher não foi mais encontrada em casa. De acordo com testemunhas, a babá teria sido agredida por moradores e traficantes do Porto Novo.

A Polícia Militar afirmou que não foi acionada para a agressão contra a babá.


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