A primeira audiência de conciliação entre o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) e os empresários de ônibus de São Gonçalo terminou sem acordo nesta quinta-feira (16), no Ministério Público do Trabalho (MPT). A Prefeitura de São Gonçalo foi convocada, mas não compareceu à reunião.
✅Clique aqui para seguir o canal “RJ Info – Noticias do Rio” e receber as notícias no seu WhatsApp!
Uma nova audiência foi marcada para o dia 22 de outubro, na 8ª Vara Cível de São Gonçalo, para tratar do reajuste das passagens, considerado um dos principais pontos para evitar a paralisação, prevista para 1º de novembro, data-base da categoria.
O Sintronac reivindica reajuste salarial de 15%, cesta básica de R$ 600 e o fim do pagamento em dinheiro nos coletivos, com substituição por meios eletrônicos, como PIX e cartão. Já os empresários alegam que não há condições de conceder aumento enquanto a tarifa municipal — congelada há oito anos em R$ 3,95 — e as gratuidades não forem revistas.
Em setembro, a Justiça determinou o reajuste da passagem de R$ 3,95 para R$ 5,94, decisão publicada em 8 de outubro. O prazo para cumprimento é de 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 50 mil ao prefeito Capitão Nelson. Até o momento, o novo valor ainda não foi implementado.
A paralisação pode impactar diretamente a mobilidade urbana no município. De acordo com o IBGE, 58,4% da população economicamente ativa de São Gonçalo utiliza ônibus como principal meio de transporte para o trabalho.
O sindicato cobrou intervenção da Prefeitura e reafirmou que não aceitará diferenças salariais entre motoristas de cidades vizinhas. A categoria já aprovou o estado de greve e notificou oficialmente a Prefeitura, o Ministério Público e a Justiça sobre a decisão.