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RJ: Greve dos hospitais federais do Rio já passa de um mês; Funcionários denunciam falta de estrutura

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A greve nos hospitais federais do Rio de Janeiro ultrapassou a marca de um mês, com funcionários denunciando a precária estrutura das unidades de saúde. Desde o início da paralisação, alguns setores dos hospitais têm operado com apenas 30% da equipe prevista. Procedimentos cirúrgicos, consultas e exames não oncológicos foram suspensos, agravando ainda mais a situação dos pacientes.

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Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 49%, melhorias nas condições de trabalho, revitalização das instalações hospitalares atualmente em estado precário, além da garantia de fornecimento de medicamentos e insumos essenciais.

A greve foi aprovada em assembleia no último dia 6 de maio, após negociações sem acordo entre o Sindisprev e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em Brasília. Até o momento, não há previsão para o fim da paralisação nos hospitais de Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes, dos Servidores do Estado e Ipanema.

“A rede Federal está colapsada ao ponto de que empresas estão fazendo a rescisão contratual com seus servidores. Como é o caso da limpeza hoje (20), a gente recebeu uma ligação do setor de copa pedindo para os residentes já acelerarem para ir almoçar porque não teria comida para todo mundo. Então dentro de uma unidade da rede Federal é uma situação extremamente difícil”, contou Christiane Gerardo, diretora do Sindisprev.

Christiane Gerardo criticou duramente o governo federal, afirmando que a precariedade dos hospitais não é consequência da greve, mas sim da falta de estrutura para que os profissionais possam trabalhar dignamente. “Existem pedidos de medicamentos e insumos que não são atendidos”, disse ela. A paralisação também está sobrecarregando os hospitais municipais e estaduais, que precisam atender à demanda dos pacientes migrados.

“É insustentável quando falta luva de procedimento e as unidade disponibilizaram luva de salão de beleza para a gente trabalhar. O Hospital Federal Cardoso fonte tem sete salas cirúrgicas e três passaram quase um mês fechadas, porque as marcas cirúrgicas já estavam estavam quebradas, então governo precisa ser sério.”

Até o momento desta reportagem, o Ministério da Saúde não se posicionou sobre o assunto. O espaço permanece aberto para manifestações do órgão.


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