Patrulha Maria da Penha celebra 5 anos no Rio
A Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar do Rio de Janeiro completou 5 anos de existência nesta segunda-feira (5), marcando um importante marco na proteção de mulheres em situação de violência doméstica. Durante esse período, a patrulha realizou mais de 264 mil atendimentos, oferecendo apoio vital a milhares de mulheres.
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Uma das histórias que ilustram a importância desse serviço é a de uma mulher cujo ex-marido tentou incendiar a casa com ela e o filho dentro. Graças à rápida intervenção da Patrulha Maria da Penha, o agressor foi preso a tempo, salvando suas vidas. “No início eram flores, ele era um príncipe, como é no ciclo da violência. Depois do 1º ano, começaram as ofensas, ele querer me podar de ver minha família ou outras pessoas. Meu mundo era o mundo dele. Até que começaram as agressões e eu tentei me separar”, afirmou a vítima, ressaltando a eficiência e a importância da patrulha em momentos críticos.
Atualmente, 47 equipes da patrulha estão distribuídas por todo o estado do Rio de Janeiro, tendo atendido 77,3 mil mulheres até agora. Somente no primeiro semestre de 2024, houve um aumento de 23% no número de vítimas assistidas, destacando a crescente demanda e a necessidade contínua desse serviço.
“Ele não aceitou, começou a me perseguir, me agredir onde eu estivesse, fosse na calçada. Até que ele me agrediu tão forte que eu acabei com uma deficiência”, conta a vítima.
No dia que o homem ameaçou queimar a casa dela, a vítima estava com o filho pequeno.
“Eu liguei para a patrulha desesperada. Eles chegaram antes do 190. Eu estava no fundo do quintal deitada com meu filho para ele não ver a gente. Eles chegaram rápido, mas ele conseguiu fugir e depois foi preso. Ele estava disposto a colocar fogo na minha casa, mas graças a Deus a patrulha me salvou”, completa ela.
Para a Polícia Militar, a equipe formada majoritariamente por mulheres ajuda a aproximar e proteger essas vítimas.
“Esses resultados da Patrulha Maria da Penha revelam a importância do programa para a segurança pública e justificam o crescente investimento feito pela nossa gestão para fortalecer ainda mais esse projeto inovador”, afirma o governador Cláudio Castro.
“A Patrulha é um programa preventivo estratégico para a área de segurança pública do estado. Atualmente, mais de 10% das ocorrências atendidas por nossos policiais via Central 190 estão relacionadas à violência contra mulher – lesão corporal, e violência moral, patrimonial, psicológica. Neste primeiro semestre, foram atendidas mais de 47 mil ocorrências dessa modalidade criminal”, emenda o secretário da SEPM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.
Embora a Patrulha Maria da Penha tenha respondido a um grande número de chamadas, é essencial lembrar que sua principal função não é o atendimento emergencial, mas sim o acompanhamento de mulheres com medidas protetivas. Após o atendimento inicial de emergência, é crucial que as vítimas registrem a ocorrência na delegacia da Polícia Civil. Este registro é o primeiro passo para obter uma medida protetiva.
Para tornar o processo de expedição de medidas protetivas mais ágil e eficaz, o programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida (PMP-GV) trabalha em parceria com diversas entidades, incluindo a Polícia Civil, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, secretarias municipais, guardas municipais, Centros de Referência no Atendimento à Mulher e instituições civis como a Legião da Boa Vontade (LBV) e RioSolidário.
Essas parcerias são fundamentais para proporcionar um acolhimento completo e eficiente às mulheres em situação de violência, garantindo que recebam a proteção e o apoio necessários para reconstruir suas vidas. A Patrulha Maria da Penha continua a ser um pilar essencial na luta contra a violência doméstica no estado do Rio de Janeiro, salvando vidas e promovendo a segurança e o bem-estar das mulheres.