A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira, a Operação Tredo, destinada a desarticular um grupo de agentes de segurança pública suspeitos de repassar informações sigilosas a integrantes do Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do Rio de Janeiro. A ação contou com apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Corregedoria da Polícia Militar.
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Agentes do Grupo de Investigações Sensíveis (Gise) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumprem 11 mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa.
Até o momento, dois sargentos da Polícia Militar foram presos, incluindo um policial lotado no Bope e responsável pela escalação de equipes em operações — função que, segundo a investigação, poderia ter facilitado o repasse de informações estratégicas ao crime organizado. Um terceiro investigado já havia sido detido em fase anterior da Operação Contenção. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos três veículos e aparelhos celulares.
A investigação teve início a partir do compartilhamento de elementos obtidos na Operação Buzz Bomb, que em setembro resultou na prisão de um militar da Marinha acusado de fornecer e operar drones utilizados pelo Comando Vermelho em ações ofensivas e no monitoramento de operações policiais.
Com base nesse material, a Polícia Federal identificou policiais militares suspeitos de antecipar dados sobre incursões a lideranças da facção, permitindo que criminosos se organizassem para dificultar ou impedir a atuação das forças de segurança.
Os alvos da operação poderão responder por organização criminosa armada, corrupção ativa e passiva, tráfico de drogas, homicídio, porte ilegal de arma de fogo e violação de sigilo funcional.
De acordo com a PF, o nome “Tredo” faz referência ao termo usado para designar alguém considerado traidor, em alusão ao comportamento atribuído aos investigados.