A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) expressou preocupação com a recente decisão do governo dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre todas as importações brasileiras, a partir de 1º de agosto. A medida se soma às tarifas já aplicadas em março deste ano, que estabeleceram alíquotas de 25% para produtos de aço e 10% para alumínio provenientes do Brasil.
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A Firjan destacou que a decisão contraria o histórico de relações comerciais mutuamente benéficas entre Brasil e Estados Unidos, país que é o maior investidor estrangeiro no Brasil e o segundo maior parceiro comercial do país. Em 2024, os EUA registraram um superávit de US$ 7 bilhões no comércio bilateral com o Brasil.
No contexto do estado do Rio de Janeiro, a entidade ressaltou a relevância dos investimentos norte-americanos em setores estratégicos, como energia, bens manufaturados e produtos de alto valor agregado, que são fundamentais para a economia local.
Diante deste cenário, a Firjan defende o fortalecimento do diálogo diplomático e paradiplomático entre os dois países, visando à construção de uma solução negociada que preserve os interesses brasileiros e mantenha o bom relacionamento comercial e político entre as nações.
A decisão dos Estados Unidos foi comunicada oficialmente pelo presidente Donald Trump, por meio de carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de julho. Trump justificou a imposição da tarifa citando questões políticas internas brasileiras, incluindo críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a medidas judiciais contra aliados dele nos EUA.
A medida intensifica as tensões comerciais e políticas entre Brasil e Estados Unidos, gerando reações de setores econômicos brasileiros que pedem uma saída negociada por meio da diplomacia. Segundo dados oficiais, o comércio bilateral entre os países movimenta cerca de US$ 80 bilhões por ano, com os EUA apresentando um superávit de US$ 200 milhões, o que reforça o caráter equilibrado da relação econômica.