O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª e da 2ª Promotorias de Justiça de Investigação Penal Territorial do Núcleo Niterói, deflagrou nesta quarta-feira (24) a Operação Blasfêmia, em parceria com a Polícia Civil. A ação teve como objetivo cumprir três mandados de busca e apreensão relacionados a um esquema denominado de “estelionato espiritual”, supostamente operado na cidade de Niterói.
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Ao todo, 23 pessoas foram denunciadas, acusadas de integrar um grupo que mantinha um “call center espiritual”. Os denunciados responderão por crimes como estelionato, associação criminosa, charlatanismo, falsa identidade, crime contra a economia popular, curandeirismo, corrupção de menores e lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia, o grupo era liderado por Luiz Henrique dos Santos Ferreira, conhecido como profeta Henrique Santini, que possui mais de 8 milhões de seguidores nas redes sociais. Ele é acusado de oferecer promessas de milagres voltados à vida financeira e afetiva de fiéis, direcionando interessados a um número de telefone para atendimento.
As investigações apontam que os atendimentos eram realizados por operadores que se passavam pelo líder religioso, utilizando áudios gravados previamente e solicitando contribuições financeiras. Pelo menos sete adolescentes teriam sido aliciados para atuar no esquema, que chegou a contar com cerca de 70 atendentes contratados em escritórios de telemarketing instalados em Niterói e São Gonçalo.
De acordo com o MPRJ, o grupo movimentou aproximadamente R$ 3,3 milhões. A Justiça determinou o bloqueio desse valor em contas bancárias do denunciado e de seis empresas ligadas a ele, além do sequestro de bens. O Ministério Público também solicitou a fixação de valores para reparação das vítimas e a condenação ao pagamento de danos morais coletivos.