Rio de Janeiro investirá R$10 milhões em show de Madonna em Copacabana
O governo do Rio de Janeiro anunciou um investimento de R$10 milhões para viabilizar a realização do show da cantora Madonna que acontece neste sábado (dia 4), a praia de Copacabana. O incentivo será pago pelo governo para a empresa Bonus Track, produtora responsável por viabilizar a vinda da artista ao Rio. No total, os custos do show estão estimados em R$ 60 milhões.
Segundo alguns documentos obtidos pela CBN revelam que, apesar do apoio financeiro estar confirmado, ainda existem detalhes burocráticos a serem finalizados. Entre esses detalhes está o ponto de origem dentro do orçamento do estado do Rio de Janeiro de onde será retirado o montante destinado ao evento.
O investimento do governo fluminense no show de Madonna ressalta a importância da indústria do entretenimento para a economia local, além de reforçar o compromisso das autoridades em promover eventos que possam impulsionar o turismo e a imagem do Rio de Janeiro como um destino cultural e turístico de excelência.
Ao autorizar o investimento, a subsecretaria-adjunta de eventos, ligada ao gabinete do governador Cláudio Castro, aponta “os potenciais impactos econômicos do show da cantora norte-americana para a economia fluminense, a ser realizado no dia 04 de maio de 2023, com a atração de investimentos, incremento ao turismo para a cidade com a majoração da ocupação na rede hoteleira, significativo aumento da demanda em setores como comércio, serviços e transportes aeroportuário e rodoviários”.
O patrocínio do estado do Rio de Janeiro para o aguardado show de Madonna, que ocorrerá neste sábado na praia de Copacabana, será proveniente da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj). A Funarj, que tem sob sua administração importantes espaços culturais como o Teatro João Caetano, no Centro do Rio, foi selecionada como fonte de financiamento para o evento, uma decisão já aprovada pela Procuradoria-Geral do Estado e considerada compatível com o regime de recuperação fiscal em que o estado está inserido.
A definição sobre a origem dos recursos foi alvo de intensa discussão, com o presidente da Funarj, Jackson Emerick, propondo que a verba para o show fosse retirada do programa “produções culturais nos teatros” gerido pela fundação. No entanto, a Secretaria de Planejamento e Gestão do estado vetou essa movimentação, desencadeando a busca por alternativas para viabilizar o investimento.
O documento diz que: “o Programa de Trabalho indicado não guarda compatibilidade com a despesa a ser custeada. Sugerimos que seja analisada outra alternativa para a concessão de incentivo/patrocínio ao evento mencionado”.
Agora, a Subsecretaria-Adjunta de Eventos sugere a “elaboração de Resolução Conjunta de Descentralização de Crédito Orçamentário com a Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ)”.
m nota, o governo do Rio informou que “um evento deste porte faz com que o Rio de Janeiro tenha um fluxo turístico alto, num período considerado como baixa temporada para o turismo. Além da grande ocupação hoteleira e da movimentação econômica, o show da Madonna traz uma visibilidade internacional imensurável, não apenas no dia do espetáculo, mas na preparação e nos dias seguintes ao evento”.
A expectativa é que o evento gere uma movimentação econômica significativa, estimada em cerca de R$300 milhões na economia fluminense. Com uma previsão média de ocupação hoteleira de mais de 74% entre os dias 3 e 5 de maio, espera-se que esse número salte para mais de 85% apenas no bairro onde ocorrerá o show. Segundo o HotéisRio, Copacabana atingirá 100% de ocupação no dia 4, evidenciando o impacto positivo do evento não apenas na esfera cultural, mas também no turismo e na economia local.
