O cantor Marlon Brandon Coelho Couto Silva, conhecido como MC Poze do Rodo, atualmente investigado por apologia ao crime e suposto envolvimento com o tráfico de drogas, foi preso nesta quinta-feira (29) por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Durante os procedimentos de custódia, o artista declarou à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ter ligação com a facção criminosa Comando Vermelho.
✅ Clique aqui para seguir o canal “RJ Info – Noticias do Rio” e receber as notícias no seu WhatsApp!
A declaração foi registrada no prontuário da Seap, especificamente no item “ideologia declarada”, onde havia nove opções disponíveis: neutro; ADA; TCP; CV; milícia; federal ou estrangeiro; servidor ativo; ex-servidor; e LGBTQIA+. O cantor indicou a facção Comando Vermelho. Com base nesse registro, ele foi transferido para a Penitenciária Serrano Neves, conhecida como Bangu 3, no Complexo Penitenciário de Gericinó, unidade destinada a custodiados identificados com o Comando Vermelho.
A Justiça decidiu manter a prisão de MC Poze do Rodo após audiência de custódia realizada na tarde do mesmo dia, na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, onde o artista foi inicialmente encaminhado.
A prisão ocorreu no início da madrugada, quando policiais civis cumpriram um mandado de prisão temporária na residência do cantor, localizada em um condomínio de luxo no bairro Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Após a detenção de MC Poze, Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido artisticamente como Oruam e filho do traficante Marcinho da VP — apontado como um dos líderes do Comando Vermelho —, organizou um protesto em apoio ao cantor. O ato reuniu centenas de motociclistas em diversas vias do Rio de Janeiro.
Em publicações nas redes sociais, Oruam compartilhou mensagens trocadas com sua mãe, a empreendedora Márcia Gama, que o aconselhou a evitar exposição, alertando que ele também poderia ser alvo de investigações. Apesar do alerta, Oruam anunciou a realização de uma motociata, que chamou de “o maior rolê de moto da história do Rio de Janeiro pela liberdade do MC.”, afirmando tratar-se de uma demonstração de que “o povo tem voz”.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram a Avenida Brasil, uma das principais vias expressas da cidade, interditada por motociclistas, barricadas, fogos de artifício e pequenas fogueiras.
Outros artistas do cenário do funk e do rap também manifestaram apoio a MC Poze. O rapper Rodrigo Freitas Fernandes Morais, conhecido como Major RD, criticou a ação policial, classificando-a como “covardia”.
O caso segue em investigação pelas autoridades policiais do Rio de Janeiro.