O segundo dia da Operação Barricada Zero, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi marcado por confrontos e novas prisões. Um operador de retroescavadeira da prefeitura foi baleado na comunidade da Mangueirinha, no Corte 8, enquanto trabalhava na remoção de obstáculos instalados por criminosos.
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Segundo a Polícia Militar, o servidor, de 46 anos, foi atingido na clavícula após um disparo feito por traficantes do alto da comunidade. A bala atravessou o vidro da máquina e o feriu durante o serviço. Ele foi socorrido e levado inicialmente ao Hospital Moacyr do Carmo. Depois, foi encaminhado ao Hospital Adão Pereira Nunes para exames de tomografia e avaliação por equipes de neurocirurgia e ortopedia. O estado de saúde é estável.
Após o ataque, equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram acionadas e reforçaram as ações na Mangueirinha. A operação também ocorre simultaneamente em áreas de São Gonçalo e Mesquita. Até o momento, sete pessoas foram presas e quatro pistolas apreendidas.
De acordo com a PM, a ofensiva criminosa incluiu ainda o sequestro de dois ônibus da Viação Santo Antônio, usados para bloquear vias de acesso na região. O trânsito permaneceu complicado durante a tarde devido aos incidentes.
O balanço parcial do segundo dia indica a retirada de aproximadamente 210 toneladas de barricadas, além de serviços de limpeza, concretamento de trechos e monitoramento das vias para evitar a reinstalação dos bloqueios.
Na segunda-feira, primeiro dia da ação, já haviam sido removidas 593 toneladas de estruturas como concreto, entulho, pneus e madeira — materiais usados para restringir a circulação de moradores, dificultar serviços essenciais e impedir a entrada da polícia.
Coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional, a Operação Barricada Zero reúne diversas secretarias estaduais e apoio das prefeituras, com uso de retroescavadeiras, caminhões, rompedores, maçaricos e equipes de engenharia.
O governador Cláudio Castro afirmou que a iniciativa busca enfraquecer facções criminosas que utilizam barricadas para controlar a circulação e intimidar moradores das comunidades.
“Esse é mais um passo para enfraquecer as facções criminosas, que vêm impondo poder para amedrontar os moradores de comunidade. A população não pode continuar sendo refém da bandidagem. O primeiro dia de operação foi muito proveitoso, e seguiremos firmes. Enquanto houver criminoso tentando dominar território, haverá governo atuando para desmontá-lo.” disse Castro.