A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), em conjunto com o Ministério Público do Estado, realizou nesta quinta-feira (22) uma operação para desarticular uma organização criminosa que atua no Mercado Popular da Uruguaiana, no centro da capital. A investigação teve início em 2019.
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A ação visa cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, além de solicitar o bloqueio de bens e valores vinculados aos investigados. Até o momento, oito pessoas foram presas.
De acordo com as investigações, o grupo é suspeito de extorquir comerciantes do camelódromo, mediante cobrança de taxas para funcionamento dos boxes e pelo consumo de energia elétrica, realizadas de forma arbitrária. Também foi apurado que a organização realizava vendas irregulares de boxes, com valores que variavam entre R$ 60 mil e R$ 80 mil.
Os investigadores identificaram movimentações financeiras expressivas, incluindo a de um dos alvos que teria operado cerca de R$ 2 milhões. A atuação do grupo, segundo a Polícia Civil, era marcada pelo uso de violência e ameaças contra os comerciantes, que eram coagidos a efetuar pagamentos sob o risco de terem seus negócios inviabilizados ou de serem expulsos do local.
Os mandados estão sendo cumpridos no próprio Mercado Popular da Uruguaiana e em endereços na Barra da Tijuca e na Baixada Fluminense.
Em nota, o Governo do Estado destacou a importância da operação no enfrentamento ao crime organizado e na proteção dos trabalhadores que atuam na região. A Polícia Civil informou que, além das prisões, a operação busca enfraquecer a estrutura financeira da organização criminosa.