RJ: Operação policial revela luxuosa área de lazer utilizada por traficantes nos complexos do Alemão e da Penha
Durante uma operação conjunta das polícias Militar e Civil nesta sexta-feira nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi descoberta uma área de lazer de luxo utilizada por traficantes de drogas.
O espaço, localizado na Favela Nova Brasília, no Alemão, apresentava características surpreendentes, com pisos e paredes revestidas por granito, além de uma piscina e churrasqueira. A fachada do imóvel era de ferro preto, enquanto dentro havia um amplo salão com sofás e balcão, iluminado por lâmpadas embutidas. Garrafas de refrigerante e bebidas alcoólicas, junto com sacos de lixo, sugerem uma recente movimentação no local.
O objetivo principal da operação era cumprir mandados de prisão contra bandidos de outros estados que se refugiavam na região. Além disso, as autoridades visavam reprimir a movimentação criminosa, evitar disputas territoriais e coibir roubos de veículos. No entanto, a ação foi marcada por uma intensa troca de tiros entre policiais e criminosos, com moradores relatando estarem presos em casa e passageiros de transporte público entrando em pânico.
Como resultado direto da operação, várias instituições e serviços na área foram afetados. Escolas suspenderam as aulas, clínicas de saúde suspenderam visitas domiciliares e rotas de ônibus foram alteradas. Segundo a Rio Ônibus, nove linhas tiveram suas rotas modificadas devido à operação.
- Linha 313 (Penha X Praça Tiradentes)
- Linha 621 (Penha x Sans Peña)
- Linha 622 (Penha x Sans Peña via Grajaú)
- Linha 679 (Grotão x Méier)
- Linha 312 (Olaria x Candelária)
- Linha 625 (Olaria x Sans Peña)
- Linha 623 (Penha x Metrô São Francisco Xavier) Linha 628 (Penha x Nova América)
- Linha 721 (Vila Cruzeiro x Cascadura)
Um levantamento da Polícia Civil revelou que o Rio de Janeiro abriga atualmente pelo menos 101 traficantes de outros estados, escondidos em comunidades dominadas por facções criminosas. Dentre esses, estão 12 dos 13 chefes da principal facção do Pará.
Essa migração de criminosos para o Rio pode estar relacionada a ações policiais no Pará após uma escalada de violência entre 2021 e 2022, indicando uma complexa dinâmica de deslocamento e controle territorial entre diferentes regiões do país.