A sogra de Bárbara Elisa Yabeta Borges, jovem morta nesta sexta-feira (31) após ser atingida por um tiro na cabeça durante um tiroteio na Linha Amarela, na altura da Vila do Pinheiro, no Complexo da Maré, desabafou sobre o medo e a insegurança que marcam a rotina dos moradores do Rio de Janeiro.
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Bárbara estava em um carro por aplicativo quando foi baleada. Ela chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos. O motorista, que também foi atingido na mandíbula, passou por cirurgia e segue internado no CTI.
“Só de uma moto encostar do teu lado, você já treme. Da pessoa virar e falar, desce e perdeu. De você ter que comprar dois celulares, um pro bandido levar e um pra você usar — disse Andreia, com o rosto e voz trêmulos.
No Instituto Médico-Legal (IML), neste sábado (1º), Andréia falou entre lágrimas sobre o desespero da família ao receber a notícia da morte de Bárbara.
“Você não pode ter um lazer, você sai de casa já nesse estresse e você nem sabe se vai voltar. Nós somos as vítimas. A nossa opção é trabalhar e conquistar, dia após dia, o pão de cada dia, que era o que a minha nora estava fazendo. Conquistando os sonhos dela.
Ela contou ainda que o filho, companheiro da jovem, estava em São Paulo e soube do ocorrido por meio da imprensa e do rastreador de localização de Bárbara.
— Eu tenho o GPS pra monitorar os meus filhos. Eu monitoro ele, o Breno, que é o meu mais novo, e a Bárbara. Aí eu desci, fui fazer um negócio lá embaixo no prédio e vi uma senhora vendo um vídeo desse arrastão. Aí perguntei: “Isso é agora?”. Ela disse: “É agora, nesse exato momento”. Subi, e quando subi ele me ligou, mas já transtornado: “Mãe, corre, vê o que está acontecendo com a Bárbara”.
O caso reforça o clima de insegurança nas vias expressas da capital, que nos últimos dias têm sido palco de confrontos e ações violentas em diferentes regiões da cidade.