A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público estadual (MPRJ) realizaram, na manhã desta quinta-feira (11), uma operação para cumprir seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra acusados do assassinato do vereador Danilo Francisco da Silva, conhecido como Danilo do Mercado, e de seu filho, Gabriel Francisco Gomes da Silva. O crime ocorreu em março de 2021, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
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De acordo com a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os homicídios estariam relacionados à disputa por poder político e econômico no município, além de negócios ilícitos e conflitos fundiários.
Até o momento, duas pessoas foram presas, enquanto outros dois mandados foram cumpridos contra detentos já recolhidos em presídios. Entre os denunciados, três são policiais militares. Um deles já havia sido acusado de envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Crespo, ocorrido no Centro do Rio em fevereiro de 2024. Os mandados foram cumpridos em endereços de Duque de Caxias, Belford Roxo, Nova Iguaçu e Magé, com apoio da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap).
Segundo a denúncia, em 10 de março de 2021, o vereador e seu filho foram atraídos a um restaurante em Jardim Primavera, em Duque de Caxias, sob o pretexto da negociação de uma carreta. Após o encontro com Luis Henrique Torres, os policiais militares Allef Alves Bernardino, Leandro Machado da Silva e Luiz Carlos da Costa Ribeiro, acompanhados de Uanderson Costa de Souza, chegaram ao local em um carro e dispararam diversas vezes contra as vítimas.
O sexto denunciado, Lincoln Reis da Silva, teria auxiliado na comunicação com os executores e, junto de Luis Henrique, participado da tentativa de se desfazer do veículo usado na ação. As investigações apontam ainda que os envolvidos fariam parte de uma milícia atuante em Duque de Caxias, suspeita de participação em outros homicídios no estado.
Em agosto de 2020, Danilo do Mercado foi alvo de uma operação da Polícia Civil. Ele era investigado por comandar um grupo de extermínio e apontado como mandante de homicídios ocorridos em junho daquele ano, quando Isaaque Almeida de Lima e Alex Silva de Bem foram mortos e Fernando Leandro da Silva ficou ferido em uma tentativa de execução.
Segundo as investigações, os crimes teriam sido motivados por uma disputa envolvendo a compra de um terreno. Após a recusa de uma das vítimas em negociar, o parlamentar teria ordenado o ataque.