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RJ: Espião no PSOL monitorou políticos, afirma Ronnie Lessa

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Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, revelou em uma delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que o plano de espionagem no PSOL não visava apenas a vereadora, mas também outros políticos do partido. Segundo Lessa, o paramilitar Laerte Silva de Lima e sua esposa, Erileide Barbosa da Rocha, foram infiltrados no partido para monitorar os passos de Marielle e seus colegas de sigla.

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“O Domingos [Brazão], por exemplo, não tem papas na língua. Ele simplesmente fala que… ele colocou, digamos assim, um espião no PSOL, no partido da Marielle. E o nome desse espião seria Laerte, que é uma pessoa do Rio das Pedras, que depois eu soube se tratar de um miliciano. Uma pessoa responsável por várias atividades da milicia lá. E essa pessoa trazia informações para os irmãos com relação ao PSOL em si”, declarou Ronnie.

Durante seu depoimento à Polícia Federal, Lessa detalhou que a infiltração foi orquestrada pelos irmãos Brazão, conhecidos por sua ligação com a milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele afirmou que o casal atuava como um “braço armado” da milícia. Esta foi a primeira vez que Lessa admitiu diretamente sua participação no crime que resultou na morte de Marielle e Gomes.

“Não somente em relação à Marielle. Ele falava sempre do Marcelo Freixo. Falava do Renato Cinco. Tarcísio Motta… Falava dessa pessoa. E demonstrava, assim, um interesse diferenciado por essas pessoas, pelas pessoas do PSOL.”

Em um depoimento gravado que durou cerca de duas horas, Lessa revelou os nomes dos mandantes do crime, o pagamento que receberia pela execução e o destino da arma utilizada no assassinato ocorrido em 14 de março de 2018. Laerte Silva de Lima e Erileide Barbosa da Rocha estão atualmente presos, aprofundando ainda mais o mistério e a complexidade do caso que chocou o país.


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