RJ: Horário de verão poderá voltar no Brasil
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sugeriu, durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (19), no Rio de Janeiro, o retorno do horário de verão, extinto em 2019. A recomendação foi aprovada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e agora aguarda decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve se pronunciar em até 10 dias.
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Segundo estudos apresentados pelo ONS, a volta do horário de verão traria impactos positivos para o setor elétrico, com uma economia de até 2,5 gigawatts (GW) no despacho termelétrico durante o horário de pico (entre 18h e 21h). Essa redução no uso de termelétricas representaria não apenas uma economia financeira, mas também uma melhora na eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN), ampliando a capacidade de atendimento no período crítico de consumo.
O comitê, que é responsável por monitorar e avaliar questões relacionadas ao setor energético federal, reuniu especialistas e representantes das principais instituições do setor elétrico nacional no encontro. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em coletiva de imprensa que, apesar de não haver risco de crise energética no Brasil em 2024, a decisão será baseada em critérios técnicos e científicos, sem interferências políticas.
Se aprovado, o horário de verão seria implementado após o segundo turno das eleições municipais, adiantando os relógios em uma hora. A medida, vigente no país por décadas, foi cancelada durante o governo de Jair Bolsonaro, sob a justificativa de que a economia gerada era insuficiente para justificar a alteração.
Durante a reunião, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) também informou que as chuvas devem retomar volumes normais nos próximos dias, o que pode influenciar no fornecimento de energia hídrica em 2024.