Tenente-coronel acusado de golpe é preso novamente em Niterói
O tenente-coronel das Forças Especiais Rafael Martins de Oliveira, conhecido como “Joe”, foi preso novamente nesta terça-feira (19), em Niterói, durante a Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal. O militar já estava afastado de suas funções por medidas cautelares impostas pela Justiça após sua primeira prisão, em 8 de fevereiro deste ano.
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De acordo com as investigações, Rafael Martins fazia parte do “Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas” e era um dos interlocutores de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro. O grupo, segundo a PF, planejava ações para impedir a posse do governo eleito em 2022, além de conspirações para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Os investigadores apontam que a organização criminosa utilizou conhecimento técnico-militar avançado para estruturar o plano golpista entre novembro e dezembro de 2022. O planejamento incluía a mobilização de recursos bélicos e humanos, além da criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, composto pelos próprios conspiradores, para administrar os conflitos decorrentes das ações ilegais.
Além do tenente-coronel Rafael Martins, foram presos o general de brigada da reserva Mario Fernandes, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima e Rodrigo Bezerra de Azevedo, e um agente da Polícia Federal. A operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, incluindo restrições de contato entre os investigados, a entrega de passaportes e a suspensão do exercício de funções públicas.
Os mandados foram executados nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, com o acompanhamento do Exército Brasileiro. As investigações seguem em curso para desmantelar o grupo, que, segundo a PF, representava uma grave ameaça à democracia brasileira.