O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recorreu, nesta segunda-feira (10), da decisão que absolveu os sete réus acusados pelo incêndio culposo ocorrido no Centro de Treinamento George Helal, conhecido como Ninho do Urubu, do Flamengo, em 8 de fevereiro de 2019. A tragédia resultou na morte de dez jovens atletas e deixou outros três feridos.
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O recurso foi apresentado por promotores do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST/MPRJ), do Grupo de Atuação Especializada de Defesa da Integridade e Repressão à Sonegação Fiscal (GAESF/MPRJ) e da Promotoria de Justiça junto à 36ª Vara Criminal da Capital.
O MPRJ solicita à Justiça que condene Antonio Marcio Mongelli Garotti, Cláudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Edson Colman da Silva, Fábio Hilário da Silva, Marcelo Maia de Sá e Weslley Gimenes pelo crime de incêndio culposo qualificado, sustentando que houve negligência e omissão de dirigentes e responsáveis técnicos quanto às condições de segurança dos alojamentos.
Segundo o órgão, os acusados tinham ciência dos riscos e, ainda assim, mantiveram os jovens em estruturas improvisadas, sem materiais antichamas, com falhas elétricas e sem alvará de funcionamento. O centro de treinamento, conforme o Ministério Público, já havia sido alvo de notificações e autuações anteriores.
O recurso também aponta falhas e contradições na sentença de absolvição, defendendo que a decisão seja reformada para reconhecer a responsabilidade criminal dos réus.
As vítimas — com idades entre 14 e 16 anos — dormiam em contêineres adaptados como alojamentos provisórios quando o fogo, causado por um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado, se espalhou rapidamente por conta do material inflamável.
Vítimas:
Athila Paixão, Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique, Rykelmo de Souza, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías.