A Urca registra o almoço mais caro do Rio de Janeiro, enquanto o Complexo do Alemão apresenta o menor valor médio por refeição, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), com base em dados da Alelo. A disparidade chega a 246,8%, o que representa uma diferença mensal de aproximadamente R$ 909,70 para quem almoça fora todos os dias úteis.
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De acordo com o estudo, o valor médio de uma refeição no Complexo do Alemão é de R$ 17,55, o menor entre os bairros analisados. Já na Urca, a média sobe para R$ 60,87, a mais alta da cidade.
O levantamento considerou gastos realizados com vale-refeição em dias úteis, entre 11h e 15h, nos últimos três meses. A média geral diária no município é de R$ 36,66, o que representa R$ 769,86 por mês, considerando 21 dias úteis.
Entre os 15 bairros com refeições mais caras, 12 estão na Zona Sul. Os demais são:
Guaratiba (R$ 49,07) – Zona Oeste, 4º lugar
Gamboa (R$ 44,94) – Região Central, 7º lugar
Vila Isabel (R$ 39,89) – Zona Norte, 15º lugar
Alguns bairros fogem à média elevada da Zona Sul:
Laranjeiras, com refeição média de R$ 34,29, abaixo da média municipal
Glória, na transição com o Centro, com média de R$ 32,32
Para o CTO da Alelo, Denis Almeida Vieira Jr., os números revelam como a localização influencia o custo diário: “Quando olhamos para o custo do almoço bairro a bairro, fica evidente que a geografia do trabalho pesa muito no bolso do trabalhador. O mesmo benefício tem poder de compra diferente dependendo de onde a pessoa almoça todos os dias”. Segundo ele, “esses dados ajudam empresas a calibrar políticas de benefícios e a entender realidades muito diferentes dentro de um mesmo município”.
O estudo utilizou transações realizadas com benefício refeição no município do Rio, sempre no intervalo do almoço, e considerou a média dos últimos três meses. A FIPE adotou um mês de 21 dias úteis como referência para estimar o gasto mensal.